Tendências em cibersegurança: o futuro da defesa cibernética
Emergente, uma palavra que pode ser muito bem aplicada na tecnologia e na cibersegurança, afinal, o desenvolvimento e a evolução estão no DNA de tais áreas. A cibersegurança, de maneira especial, sempre foi movida por essa corrida tecnológica pelo novo, mas nos últimos anos está mais acelerada do que nunca.
Conhecer as principais tendências emergentes em cibersegurança nos ajuda na decisão do que fazer com o tempo e os recursos que temos, aqui e agora, aprimorando a defesa e nos preparando para um futuro cada vez mais desafiador.
Neste artigo apresentamos as principais tendências emergentes em cibersegurança, para ajudar você a se preparar.
Continue e descubra.
Ciberameaças emergentes, defesas urgentes: entenda o ponto de partida da evolução
Analisar as tendências e as tecnologias emergentes da cibersegurança, é, antes de tudo, pensar sobre as principais ciberameaças, a evolução no volume, tipos e estratégias utilizadas pelos atacantes. Um exemplo disso são os dados sobre novas ameaças: foram 28.778 novas vulnerabilidades em 2023, superando as 3700 as vulnerabilidades totais de 2022, segundo os dados da CVEdetails.
Outro ponto importante neste cenário, é que a operação e a estratégia dos atacantes, que não se limitam mais aos invasores individuais, envolvendo grupos sofisticados, que utilizam ferramentas e capacidades integradas com inteligência artificial e aprendizagem automática.
O cenário se desenha e deixa claro: o escopo de ciberameaças está cada vez maior e nenhuma empresa estará imune, por isso a urgência na evolução e na adoção de tecnologias e estratégias que atendam a este cenário desafiador.
Inteligência Artificial
Uma das principais tendências emergentes é a Inteligência Artificial (IA) e as tecnologias de machine learning (ML). Com algoritmos avançados e capacidades de aprendizado de máquina, a IA pode analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificar padrões suspeitos e antecipar ameaças cibernéticas potenciais antes de serem executadas.
Além de automatizar processos de detecção e resposta, otimizando tarefas repetitivas, a IA também aumenta a eficiência das equipes de segurança e permite uma resposta mais rápida a ataques cibernéticos. No entanto, sua ampla adoção levanta desafios éticos e preocupações sobre privacidade, exigindo uma implementação cuidadosa e equilibrada na defesa cibernética.
Computação Quântica
A computação quântica desempenha um papel crucial na proteção e processamento de dados, pois os computadores quânticos usam qubits, que podem existir em múltiplos estados simultaneamente devido à mecânica quântica. Um uso potencial na segurança cibernética é o desenvolvimento de algoritmos quânticos para detectar e responder a ataques, permitindo empresas agir proativamente com base em dados históricos.
No entanto, a preocupação é que criminosos digitais possam também usar computação quântica para quebrar a segurança de algoritmos de criptografia modernos, o que afetaria significativamente a segurança das comunicações.
Computação em Nuvem
A computação em nuvem e a cibersegurança estão intimamente ligadas, uma vez que a ampla adesão da Cloud Computing levantou a novos desafios para a cibersegurança, mas também novas possibilidades para as empresas gerenciarem a proteção de seus dados.
Por essa razão, é importante observarmos que, à medida que as empresas abraçam cada vez mais a computação em nuvem para impulsionar sua infraestrutura e inovação, a necessidade de soluções de segurança robustas e adaptáveis se torna ainda mais premente.
Assim, a compreensão e a implementação eficaz de medidas de segurança na nuvem emergem como pilares fundamentais na defesa contra ameaças cibernéticas em constante evolução. E é muito importante ressaltar que a adoção da computação em nuvem não agrega a segurança automaticamente.
É super importante que a migração contemple, antes de qualquer movimentação, os requisitos mínimos de segurança, gerenciamento de identidade e acesso, firewall e monitoramento dos ativos que estarão em nuvem.
Segurança da Internet das Coisas (IoT)
Os dispositivos inteligentes tornaram-se amplamente populares nos últimos anos, revelando uma preocupação real no cenário da cibersegurança. Afinal, essas tecnologias oferecem muitos benefícios para os usuários, mas traz um novo desafio para a segurança e privacidade dos usuários. Isso ocorre porque a diversificação e descentralização dos dispositivos IoT, juntamente com suas vulnerabilidades inerentes, cria um ambiente propício para potenciais ataques cibernéticos. Diante desse contexto, algumas medidas e estratégias de segurança devem ser adotadas:
- Segurança de rede: técnicas de segurança de zero trust para minimizar a superfície de ataque corporativo.
- Segurança de endpoint: o uso de nano agentes para fornecer segurança para dispositivos IoT, ajudando a identificar e remediar ataques de dia zero.
- Avaliação de firmware: é importante verificar sempre a versão do firmware de um dispositivo IoT para identificar vulnerabilidades. Se houver uma versão mais atual que corrija problemas de segurança, é recomendável atualizar no seu dispositivo.
Blockchain e Tecnologias de Registro Distribuído (DLT)
Por fim, podemos destacar a ascensão do blockchain e das tecnologias de registro distribuído (DLT), que vem redefinindo pontos na segurança digital. O blockchain, em particular, oferece um modelo descentralizado e imutável que desafia as abordagens tradicionais de armazenamento e transmissão de dados. Ao fornecer um registro transparente e à prova de adulteração de transações, o blockchain não apenas fortalece a integridade dos dados, mas também reduz significativamente os riscos de ataques cibernéticos, como falsificação e fraudes.
As tecnologias emergentes apontam para o futuro da defesa cibernética
Os exemplos apresentados ao longo da nossa pequena lista expressam a força, a importância e o futuro da defesa cibernética. À medida que os desafios cibernéticos se tornam cada vez mais complexos e direcionados, como citamos aqui, as empresas irão buscar soluções que possam enfrentar essas ameaças em tempo real.
Neste artigo, exploramos algumas das tecnologias emergentes que estão moldando o futuro da defesa cibernética, destacando exemplos concretos de como elas estão fortalecendo nossa postura de segurança digital.
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