Gerenciamento de Acesso e Identidade (IAM): Estratégias para uma Autenticação Segura
A verificação de identidade, uma medida básica de segurança, deve ser aplicada em diferentes ambientes. Pense em uma fronteira de uma nação, onde o passaporte é um documento básico exigido para a travessia legal entre um país e outro. O objetivo do IAM é elevar a segurança acesso e a proteção dos dados em um ambiente corporativo.
Além disso, as autoridades de fronteira realizam verificações de segurança, garantindo que apenas pessoas autorizadas entrem no país.
E quando se trata do ambiente digital, o Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM) executa um papel semelhante, verificando e controlando o acesso aos recursos digitais que devem, efetivamente, ser acessados e por quais pessoas e sistemas.
Por isso, o objetivo deste artigo é apresentar as principais estratégias de IAM, facilitando a compreensão sobre a sua importância no processo de autenticação segura, para a proteção dos ativos da organização.
Continue lendo e descubra.
Os pilares fundamentais do Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM)
O gerenciamento de identidade e acesso tem como cerne a identidade, identificando
os usuários de maneira única dentro do sistema, o que geralmente é feito atribuindo um nome de usuário exclusivo para a cada usuário.
A autenticação também é parte essencial do gerenciamento, consistindo na verificação de um usuário, solicitando que ele forneça uma ou mais credenciais, como uma senha, um código de verificação ou uma biometria.
Outro princípio do IAM é autorização, que é o processo de determinar quais recursos um usuário autenticado tem permissão para acessar e quais operações ele pode realizar nesses recursos. Isso é geralmente definido por meio de políticas de acesso que especificam as permissões de cada usuário ou grupo de usuários.
Apesar de serem os princípios fundamentais do IAM, esses três aspectos não são os únicos. Quando o assunto é gerenciamento de identidade e acesso, existem outros termos envolvidos, a saber:
- Identidade como serviço (IDaaS): é um modelo de entrega de aplicativos que permite aos usuários se conectar e usar serviços de gerenciamento de identidade em nuvem.
- Governança de identidade: refere-se ao ato de usar software e sistemas de TI para gerenciar o acesso e a conformidade dos usuários.
- Provisionamento de identidade: gerencia contas de usuários e garante que eles tenham acesso aos recursos certos e os utilizem adequadamente.
Autenticação não é autorização
Uma observação importante sobre o gerenciamento de identidade e acesso é a diferenciação entre autenticação e autorização. A autenticação verifica a identidade de um usuário, enquanto a autorização valida quais aplicativos, arquivos e dados específicos o usuário pode acessar.
Em resumo, a autenticação permite que o usuário entre no sistema, enquanto a autorização define a quais recursos ele terá acesso.
A autenticação ocorre por meio de senhas, números de identificação pessoal, informações biométricas e outras credenciais fornecidas pelo usuário. A organização implementa e mantém as configurações que realizam a autorização.
Conhecendo as estratégias de gerenciamento de identidade e acesso (IAM)
Autenticação Multifatorial (MFA)
A autenticação multifatorial (MFA) é uma estratégia amplamente utilizada. Atualmente, quase 60% das empresas em todo o mundo usam alguma forma de MFA, de acordo com dados da LastPass. A MFA exige pelo menos dois métodos de autenticação diferentes para verificar a identidade de um usuário durante o login ou outra transação.
Para obter acesso, os usuários precisam fornecer informações sobre o que sabem (por exemplo, uma senha), o que possuem (por exemplo, um token de segurança) e o que são (por exemplo, uma digital ou o reconhecimento facial).
O uso do MFA ajuda a mitigar os riscos de ataques, fornecendo camadas extras de segurança e impedindo que um único método seja suficiente para a autenticação. Em geral, o MFA protege sistemas e ativos contra ataques cibernéticos de força bruta e de dicionário, que estão entre os mais comuns tentados por criminosos digitais.
Controle de Privilégios
Outra estratégia importante é o princípio do privilégio mínimo. Essa estratégia estabelece que os usuários devem ter apenas as permissões necessárias para realizar suas tarefas específicas e nada mais. Isso significa que as políticas de segurança de IAM são configuradas para conceder o mínimo de acesso necessário para que os usuários executem suas funções. Qualquer excesso de privilégios pode ser uma porta de entrada para um atacante.
Controle de Acesso Baseado em Função (RBAC)
Já o Controle de Acesso Baseado em Função (RBAC) é a estratégia que atribui permissões com base nos papéis funcionais dos usuários em uma organização. Isso significa que as políticas de segurança de IAM podem ser definidas para conceder acesso a recursos digitais com base nas funções ou responsabilidades dos usuários.
Single Sign-On (SSO)
Outra estratégia de gerenciamento de acesso bem relevante é o Single Sign-On (SSO), uma tecnologia que combina os processos de login de vários aplicativos diferentes em um acesso centralizado, chamado de autenticação federada. Com o SSO, um usuário só precisa digitar suas credenciais de login (nome de usuário, senha, etc.) uma vez em uma única página para acessar todos os seus aplicativos SaaS.
Além de conferir mais segurança, o SSO simplifica o acesso do usuário.
Alguns desafios de implementação do gerenciamento de identidade e acesso
Assim como outras estratégias e medidas da segurança cibernética, o IAM pode envolver alguns desafios em seu processo de implementação, tais como:
- Compreensão e gerenciamento das expectativas do usuário
- Atendimento aos requisitos das partes interessadas
- Integração dos padrões de conformidade
- Conhecimento e habilidade necessários ao considerar múltiplas fontes de usuários, fatores de autenticação e padrões abertos do setor.
Como a proteção do processo de autenticação aumenta segurança?
A essa altura do texto, já ficou clara a importância do gerenciamento de identidade e acesso, não é mesmo? Afinal, o IAM reduz o número de pontos únicos de falha de segurança associados a senhas, facilitando os acessos e implementando camadas extras de proteção que permitem a mitigação de vulnerabilidades e riscos em um ambiente empresarial. Negligenciar a proteção na autenticação dos acessos pode gerar consequências sérias, como exposição a violações de dados e o comprometimento da infraestrutura.
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O que podemos concluir é que o gerenciamento de identidade e acesso é essencial para a defesa dos ativos das organizações contra ameaças e riscos cibernéticos. Afinal, essas ameaças estão em evolução constante, exigindo uma abordagem proativa, com adaptação contínua das práticas IAM para enfrentar novos desafios.
Por isso, é essencial que profissionais que atuam ou desejam atuar na área de cibersegurança conheçam e dominem as ferramentas e estratégias necessárias para implementação do IAM.
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