Hacking Ético: Explorando táticas e contramedidas avançadas
Você já ouviu falar de Hacking Ético? O termo surgiu em 1995, sendo utilizado para definir a prática de utilizar habilidades e técnicas de hacking para identificar vulnerabilidades e falhas de segurança em sistemas de informação, para corrigi-las antes que possam ser exploradas por invasores maliciosos.
Mas também conhecido como “hacking de chapéu branco, ou White Hat”, o hacking ético é executado de forma legal e com a permissão explícita dos proprietários dos sistemas.
É bem comum as pessoas sempre associarem o termo hacking com ataques cibernéticos, mas as técnicas de hacking ético na segurança cibernética são essenciais para identificar e resolver proativamente as fraquezas de segurança.
Por isso, neste artigo vamos apresentar alguns dos princípios que regem as práticas de Hacking Ético e a como podem ajudar nas medidas de segurança e proteção das empresas.
Continue lendo e descubra.
Hacking Ético X Ataques Cibernéticos: conheça as diferenças cruciais
O hacking ético é realizado através de um conjunto de práticas e metodologias estruturadas para identificar, analisar e corrigir vulnerabilidades em sistemas de informação. Ao contrário dos ataques cibernéticos e das ações do cibercrime, o hacking ético ajuda as empresas a aumentar a segurança das informações em um cenário empresarial.
Podemos classificar três diferenças cruciais entre o hacking ético e os ataques cibernéticos: propósito, benefício e abordagem:
Ataques cibernéticos:
- Propósito: comprometer a segurança do sistema para roubar dados, causar danos ou obter ganhos financeiros.
- Benefício: ganhos financeiros, acesso não autorizado a informações ou interrupção de serviços para os atacantes.
- Abordagem: realizado sem permissão, utilizando métodos clandestinos e maliciosos. Ferramentas são usadas para evitar detecção e maximizar os danos.
Hacking ético
- Propósito: identificar, classificar e corrigir vulnerabilidades para melhorar a segurança do sistema.
- Benefício: proteção de dados sensíveis, identificação de pontos vulneráveis que podem ser corrigidos, conformidade com regulamentações e educação das partes interessadas sobre práticas de segurança.
- Abordagem: realizado com permissão explícita, usando metodologias estruturadas e documentadas. Ferramentas de segurança legítimas são empregadas de forma transparente.
Como funciona o Hacking Ético: etapas e a importância na defesa das empresas
Conhecer as etapas do hacking facilita a compreensão da importância dessa prática na abordagem de segurança cibernética. Além disso, destaca as diferenças entre o hacking ético e os testes de penetração. Enquanto os testes de penetração se concentram em identificar e explorar vulnerabilidades específicas, o hacking ético visa assegurar a segurança contínua e educar os stakeholders.
Veja agora as etapas do hacking ético:
1. Permissão e planejamento
O primeiro passo crucial envolve obter permissão explícita dos proprietários dos sistemas ou redes a serem testados. De fato, o hacking ético é completamente legal e frequentemente contratado pelas organizações para testar e aprimorar a segurança. Sem essa autorização, a atividade se tornaria ilegal, caracterizando-se como cibercrime.
Com a permissão em mãos, é necessário definir o escopo, determinando quais sistemas, redes, aplicações ou componentes serão testados. Durante esse planejamento, é essencial também assegurar que qualquer informação sensível descoberta durante o teste seja mantida confidencial. Além disso, é crucial definir a abordagem e as ferramentas a serem utilizadas.
2. Reconhecimento
Com o planejamento estruturado, inicia-se a segunda fase. A coleta de informações é realizada de forma passiva e ativa. Na coleta passiva, informações são obtidas sem interação direta com o alvo, como a busca por dados públicos, informações de DNS e análise de redes sociais. Por outro lado, a abordagem ativa envolve interação direta com o alvo, como varredura de portas, análise de serviços e obtenção de informações mais detalhadas.
3. Varredura (Scanning)
A terceira etapa é a varredura, envolvendo:
- Varredura de portas: identificar quais portas estão abertas e quais serviços estão sendo executados.
- Varredura de vulnerabilidades: usar ferramentas automatizadas para identificar possíveis vulnerabilidades nos sistemas e aplicações.
- Mapeamento de rede: entender a estrutura da rede, incluindo topologia, roteadores, switches e firewalls.
4. Ganho de acesso
Com o scanning executado, é hora de explorar as vulnerabilidades, o que pode ser feito:
- Utilizando exploits conhecidos para tirar proveito das falhas encontradas.
- Com técnicas de engenharia social, como por exemplo o phishing, para enganar usuários e obter acesso.
5. Manutenção do acesso
Para continuar com os acessos é possível realizar instalações de backdoors e trojans, bem como executar a escalação de privilégios, aumentando os níveis de acesso para avaliar a extensão do controle que pode ser obtido.
6. Cobertura de rastros
Nesse processo é essencial remover e cobrir os rastros de atuação no sistema, executando a limpeza de log, ofuscando as atividades e mascarando as ações realizadas.
7. Relatório e correção
Uma das etapas finais envolve compilar um relatório detalhado que descreva todas as vulnerabilidades encontradas, os métodos utilizados e o potencial impacto de cada falha. Além disso, o relatório deve incluir recomendações detalhadas sobre como corrigir as vulnerabilidades identificadas. Após entregar o relatório, é crucial colaborar com a equipe de TI ou segurança da empresa para corrigir as falhas.
Com essas etapas executadas adequadamente, as empresas podem fortalecer suas estratégias de segurança, implementando medidas mais eficientes em suas estruturas.
Mas, como utilizar essas práticas em sua empresa? Confira nossa dica final para ajudar.
Utilizando o hacking ético para a segurança da sua empresa
Agora que você já compreendeu as etapas e a importância do hacking ético, pode utilizar dessas estratégias para proteção da sua empresa, através do treinamento de suas equipes. Nós da CECyber recomendamos o curso preparatório oficial para o Certified Ethical Hacker (CEH), da EC-Council, que valida as habilidades e o conhecimento necessários para realizar testes de penetração de forma eficaz e ética. A CECyber é parceira oficial da EC-Council.
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